PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

terça-feira, 3 de maio de 2011

MULTA NA HORA

Em vez de mandar pelo correio, fiscais vão passar a entregar multas na hora. 03 de maio de 2011, Rodrigo Burgarelli - O Estado de S.Paulo

Quem for flagrado em São Paulo desrespeitando "posturas municipais" - colocando propaganda fora do previsto na Cidade Limpa, jogando lixo em local irregular ou fazendo barulho após as 22h, por exemplo - vai receber a multa impressa, na hora, das mãos do fiscal da Prefeitura. A partir de novembro, os 700 agentes das subprefeituras deverão carregar um minicomputador para ter acesso ao banco de dados municipal e poder imprimir as autuações.

O objetivo é aumentar o cumprimento da legislação de uso e ocupação do solo. A Prefeitura fiscaliza mais de 170 posturas relacionadas ao tema - o líder das reclamações é o barulho na madrugada - e, com a informatização, espera melhorar o rendimento dos fiscais. Isso significa mais multas no curto prazo, mas diminuição assim que for reduzida a sensação de impunidade.

Pelo sistema atual, fiscais saem a campo carregando formulários de vários tipos - cada infração conta com modelo próprio - e preenchem as notificações usando papel carbono. Caso não tenha em mãos o formulário exato ou precise consultar no computador a condição de um estabelecimento, o fiscal precisa voltar à subprefeitura. A multa é sempre enviada pelo correio. "Há mais de 50 anos de atraso nesses procedimentos", admite o secretário das Subprefeituras, Ronaldo Camargo.

O cidadão que registrar a reclamação no site da Prefeitura (sac.prefeitura.sp.gov.br) também poderá acompanhar o andamento da demanda pela internet. Outra promessa é diminuir a quantidade de instâncias para recorrer das autuações - o número de recursos dependerá do tipo de multa. O preço do novo sistema é de R$ 20 milhões.

Cerco. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Rogério Amato, diz que aprova qualquer medida que aumente a legalidade, mas pediu modernização na burocracia municipal e foco na orientação dos comerciantes. "Se isso não acontecer, pequenas empresas podem acabar fechando por não conseguir pagar as multas."

Só no ano passado, a Prefeitura emitiu 196,9 mil multas de posturas, com valor total de R$ 885,6 milhões - mais que todo o orçamento previsto para as Secretarias de Esportes, Verde e Meio Ambiente e Segurança Urbana.

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