ZERO HORA 30 de dezembro de 2013 | N° 17659
CADU CALDAS E GUSTAVO FOSTER
EXTERIOR MAIS CARO. Hora de refazer planos de viagem. Governo sobe alíquota do IOF antes do feriadão, manobra criticada por economistas e que deixou turistas indignados
Enquanto milhões de brasileiros lotavam estradas e aeroportos para aproveitar o feriadão de fim de ano, o Ministério da Fazenda anunciou aumento de 1.579% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – de 0,38% para 6,38% – para transações com cartão de débito e pré-pago. A medida pegou muita gente de surpresa.
Passageiros que aguardavam embarque no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na tarde de ontem, se dividiam entre a indignação e a resignação. De malas prontas para Chicago, nos EUA, a estudante Aline Yumi, que tem espaço na mala reservado para trazer um notebook e um celular, fazia parte da turma de conformados. Lamentava a alta repentina, mas continuava determinada a ir às compras:
– Aqui é tudo muito caro, então ainda vale a pena ir para lá e comprar.
Para os que já estão no Exterior, a mudança afeta principalmente quem fizer saques com cartões de débito e quem pretendia recarregar o cartão pré-pago durante a viagem.
O engenheiro José Agnaldo dos Santos, também embarcando para os EUA, reclamava por ter de arcar com os gastos inesperados. Usuário do cartão pré-pago, fez como muitos: deixou para comprá-lo na última hora e pagou valores nos quais já incidia a taxa de 6,38%. A solução, segundo ele, é pisar no freio na hora de gastar.
– Outra solução é ir com dólar no bolso. Eu estou indo com um pouco, é complicado. Isso (o aumento do IOF) é um absurdo – reclamava.
Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar se a medida vai inibir viagens ao Exterior e ajudar a reduzir o déficit em conta corrente do país, como projeta o governo. Para Régis Radin, gerente do Banco Rendimento em Porto Alegre, está claro que a principal razão do aumento foi ampliar a arrecadação.
– As diversas formas de pagamento não são concorrentes, são complementares. Se a proposta era equiparar todas, por que uma delas ficou de fora? – questiona, sobre compra de moeda estrangeira no Brasil, que não sofreu aumento na alíquota.
O economista Mauro Salvo, especialista em câmbio, afirma que a alíquota de compra de moeda no país só não foi reajustada pelo governo para não estimular o paralelo. Mas projeta que um aumento pode ocorrer nos próximos meses.
EXTERIOR MAIS CARO. Hora de refazer planos de viagem. Governo sobe alíquota do IOF antes do feriadão, manobra criticada por economistas e que deixou turistas indignados
Enquanto milhões de brasileiros lotavam estradas e aeroportos para aproveitar o feriadão de fim de ano, o Ministério da Fazenda anunciou aumento de 1.579% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – de 0,38% para 6,38% – para transações com cartão de débito e pré-pago. A medida pegou muita gente de surpresa.
Passageiros que aguardavam embarque no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na tarde de ontem, se dividiam entre a indignação e a resignação. De malas prontas para Chicago, nos EUA, a estudante Aline Yumi, que tem espaço na mala reservado para trazer um notebook e um celular, fazia parte da turma de conformados. Lamentava a alta repentina, mas continuava determinada a ir às compras:
– Aqui é tudo muito caro, então ainda vale a pena ir para lá e comprar.
Para os que já estão no Exterior, a mudança afeta principalmente quem fizer saques com cartões de débito e quem pretendia recarregar o cartão pré-pago durante a viagem.
O engenheiro José Agnaldo dos Santos, também embarcando para os EUA, reclamava por ter de arcar com os gastos inesperados. Usuário do cartão pré-pago, fez como muitos: deixou para comprá-lo na última hora e pagou valores nos quais já incidia a taxa de 6,38%. A solução, segundo ele, é pisar no freio na hora de gastar.
– Outra solução é ir com dólar no bolso. Eu estou indo com um pouco, é complicado. Isso (o aumento do IOF) é um absurdo – reclamava.
Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar se a medida vai inibir viagens ao Exterior e ajudar a reduzir o déficit em conta corrente do país, como projeta o governo. Para Régis Radin, gerente do Banco Rendimento em Porto Alegre, está claro que a principal razão do aumento foi ampliar a arrecadação.
– As diversas formas de pagamento não são concorrentes, são complementares. Se a proposta era equiparar todas, por que uma delas ficou de fora? – questiona, sobre compra de moeda estrangeira no Brasil, que não sofreu aumento na alíquota.
O economista Mauro Salvo, especialista em câmbio, afirma que a alíquota de compra de moeda no país só não foi reajustada pelo governo para não estimular o paralelo. Mas projeta que um aumento pode ocorrer nos próximos meses.
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