PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

INFLAÇÃO - MEDIDAS ESTATAIS NÃO CONVENCEM MERCADO

POLÊMICA DO JURO. Combate à inflação coloca BC na berlinda. Alternativas à elevação do juro não convencem mercado, e comunicação confusa embaralha as expectativas de analistas - MARTA SFREDO, ZERO HORA 20/04/2011

Com a inflação tocando no teto da meta, o Banco Central (BC) toma uma das decisões mais polêmicas dos últimos anos. Nas últimas semanas, o sistema de metas, criado para tornar previsível a calibragem do juro, embaralhou previsões sobre a decisão a ser anunciada no início da noite de hoje.

Acumulado em 6,3% em 12 meses, o IPCA não pode passar de 6,5%. Analistas discutem se as medidas alternativas adotadas pelo BC para controlar preços podem evitar alta mais severa do juro. Além disso, sinais contraditórios do próprio Banco Central ajudaram a aumentar a variação das apostas. As projeções variam entre manutenção do nível atual, de 11,75%, e alta de 0,75 ponto percentual.

– O objetivo do sistema de metas é coordenar expectativas, comunicação com ruído perturba – resume Cristiano Souza, economista do Santander.

Baseado no relatório trimestral de inflação, que previu índice no centro da meta para 2012 com juro no patamar atual, o Santander projeta manutenção da taxa básica. Mas Cristiano reconhece que essa é “uma das leituras possíveis”. No mesmo documento, o BC focou resultados em 2012.

– A inflação deste ano vai ficar acima de 6%. Mas preços mais altos neste ano projetam índices maiores no próximo – avalia Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do BC.

Criticado como único instrumento de combate à inflação, o juro ganhou companhia em dezembro passado, mas o poder de fogo das opções ainda não convenceu o mercado (veja quadro na página ao lado). Um dos opositores da alta do juro, Antonio Correa de Lacerda avalia que é hora de discutir mecanismos de indexação como os que reajustam todo ano contas de telefone e luz por índices gerais de preço – mais altos do que o IPCA.

– Deveria ser estabelecido um critério de transição e ampliado o intervalo das correções – opina Lacerda.

Identificado com correntes mais ortodoxas, Roberto Troster opina:

– O BC optou por alta gradual do juro, e a morosidade cobra seu preço.

COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - VEM AÍ...INDIVIDAMENTO.

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