A ganância do Estado brasileiro produz arrecadações recordes em impostos oriundas de taxas abusivas cobradas do trabalhador, gastas para manter a máquina pública mais cara do planeta e desperdiçadas em obras superfaturadas, salários extravagantes, farras, privilégios e assistencialismo sem contrapartidas, em detrimento de serviços, direitos e garantias devidas a todo o povo brasileiro.
PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.
segunda-feira, 28 de março de 2011
A FALSA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA
Na matéria sobre economia “O fim da pirâmide” (ZH de 23 de março) foi destacado que a classe C tem agora mais de 100 milhões de pessoas, mudando completamente a pirâmide das classes no Brasil.
No entanto, é muito estranho que neste estudo as pessoas assim consideradas têm uma renda média mensal de miseráveis R$ 1.338. Em outros estudos, esta mesma classe é chamada de “a nova classe média”.
Como apresentar estes números e conclusões quando o salário mínimo necessário para uma família atender suas necessidades vitais, conforme definido na Constituição, está calculado pelo Dieese em R$ R$ 2.194,18? Alguma coisa está errada nesta história. Interesses de quem?
Jorge Dotti Cesa - Agrônomo – Florianópolis - Coluna do Leitor Zero Hora, 28/03/2011
CONSUMIDOR. Disposição maior para as compras - zero hora 23/03/2011
Com planos muito ambiciosos, classe C já é mais da metade da população
Com o ingresso de mais 19 milhões de brasileiros de renda mais baixa na classe C no ano passado, essa faixa passou a ser a maior do País, com 101 milhões de pessoas, mais da metade da população.
Tendo mais dinheiro no bolso, os brasileiros fazem ambiciosos planos de consumo, focados na melhoria das condições de moradia – móveis, eletrodomésticos, e decoração – e também em lazer e viagens, aponta a pesquisa “O Observador 2011”, encomendada pela financeira Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs.
“A intenção de compra é a melhor possível”, resumiu Miltonleise Carreiro Filho, vice-presidente da financeira.
O maior aumento de renda ocorreu na região Sul, com crescimento de 84,5% no total mensal disponível depois de quitadas as despesas obrigatórias. A pesquisa anuncia o fim da pirâmide da classificação econômica – com muitos ganhando pouco e poucos ganhando muito. Desde 2005, quando começou o levantamento, a classe C cresceu 62%, enquanto a D/E encolheu 49%.
Também houve mudança para a fatia superior. De 2005 a 2009, 4 milhões de brasileiros foram incorporados às classes A/B. Só no ano passado, outros 12 milhões se somaram à faixa, transformando o desenho da distribuição de renda de uma pirâmide em um losango, explicou Marcos Etchegoyen, presidente da Cetelem BGN.
Houve uma acentuada popularização das compras pela internet, relevou a pesquisa. Em 2005, a renda média dos que tinham esse hábito era de R$ 4.013. No ano passado, caiu para R$ 2.684.
Outra consequência do aumento da renda e das condições de consumo é a melhora do ânimo. Em 2005, apenas 20% da população usava “otimismo” para descrever o sentimento em relação ao futuro. No ano passado, essa fatia duplicou, para 42%. Nos 13 países onde pesquisa idêntica é realizada, em iniciativa do grupo BNP Paribas, o Brasil teve a melhor avaliação.
COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - Concordo plenamente com o leitor. Basta analisar os indicadores que nortearam a classificação para verificar que se trata de um embuste. Na realidade, o que houve foi um achatamento da classe média e maior enriquecimento dos mais ricos. Algumas facilidades conquistadas pela classe média são oriundas da valorização do real, mas o crédito está caro e os juros e tributos cada vez mais elevados, individando muitos brasileiros. Os mais pobres continuam miseráveis, excluídos e dependentes do assistencialismo governamental, pois lhes faltam qualificação para o trabalho.
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