SEM CRESCIMENTO NEM PIBINHO
Apesar de dizer que o resultado do PIB no segundo trimestre ficou “aquém das expectativas” e que a previsão de crescimento de 1,8% para este ano terá de ser revista, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi rápido em reagir, ontem, à divulgação dos números do IBGE que apontaram para uma recessão técnica, embora branda. Cerca de uma hora depois do anúncio, Mantega chamou a imprensa para comentar o mau resultado, que atribuiu ao fraco cenário internacional, à Copa e à seca – e a seus efeitos sobre o custo da energia elétrica.
Segundo o ministro, a revisão da previsão oficial para o crescimento da economia em 2014 será apresentada em setembro ao Congresso. E embora não tenha citado um dos fatores apontados por economistas como responsáveis pelo desempenho ruim, o ministro acrescentou:
– A política monetária do Banco Central foi muito rígida, mas agora vai voltar a ter mais crédito.
Ao comentar os números, Mantega frisou que “não dá para dizer que o Brasil está em recessão”. Segundo o ministro, a revisão que resultou no recuo de 0,2% do PIB no primeiro trimestre foi influenciada pela retração de 0,6% entre abril e junho. Na sua avaliação, como o país vai voltar a crescer entre julho e setembro, provavelmente haverá revisão do PIB nos trimestres anteriores, o que poderá eliminar a retração na economia por dois trimestres consecutivos.
– Recessão é quando há desemprego e renda da população caindo. Aqui é ao contrário. Para os trabalhadores, é como se nem houvesse crise internacional. Eles têm tido há vários anos, e no primeiro semestre de 2014, aumento do emprego e da renda – afirmou o ministro.
Para o segundo semestre, Mantega traçou uma perspectiva otimista, com aumento no consumo e redução da inflação.
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