ZERO HORA 20 de outubro de 2013 | N° 17589
NILSON MARIANO
864 MIL HORAS DE IMPOSTOS
Em uma década, peso dos tributos ficou 16% maior do que o da inflação para os brasileiros. E bem além disso para quem melhorou de vida
VITOR SE TORNOU MICROEMPRESÁRIO
Vitor Hugo Galmarine prosperou nos últimos 10 anos. Deixou de trabalhar no almoxarifado de um canteiro de obras para em 2008 abrir o próprio negócio, a GAN Transportes, cujo logotipo estampa as iniciais dos filhos Gabriel, Amanda e Nicole. A parte desagradável é que, agora, paga quatro vezes mais impostos do que em 2003 – isso no plano pessoal, sem contabilizar os tributos da empresa.
A empresa de Vitor presta serviços a repartições públicas da Capital oferecendo cinco automóveis com motorista. Chegou a ter oito carros, mas reduziu a frota em função dos gastos. Somente de ISSQN, paga 2% sobre o faturamento – algo como R$ 3 mil mensais.
– Os impostos eram quase maiores que os lucros, não compensava – conta o microempresário, de 35 anos.
A GAN melhorou a renda da família. Mas, junto, vieram os gastos – e os tributos embutidos. Depois que o pai, Pedro, 70 anos, penou na fila do SUS para fazer consultas e exames, Vitor contratou um plano de saúde, no valor de R$ 1,3 mil por mês.
As despesas regulares, como luz e água, também aumentaram. Como necessita do celular para acionar os funcionários – o aparelho é o seu escritório itinerante –, a conta telefônica saltou em relação a 2003. O mesmo ocorreu com a gasolina: atualmente consome R$ 20 por dia, ou quatro vezes mais do que em 2003. Antes pilotava uma motocicleta, hoje desloca-se a bordo de um Tempra.
NILSON MARIANO
864 MIL HORAS DE IMPOSTOS
MORDIDA CRESCE ACIMA DA INFLAÇÃO
Em uma década, peso dos tributos ficou 16% maior do que o da inflação para os brasileiros. E bem além disso para quem melhorou de vida
VITOR SE TORNOU MICROEMPRESÁRIO
Vitor Hugo Galmarine prosperou nos últimos 10 anos. Deixou de trabalhar no almoxarifado de um canteiro de obras para em 2008 abrir o próprio negócio, a GAN Transportes, cujo logotipo estampa as iniciais dos filhos Gabriel, Amanda e Nicole. A parte desagradável é que, agora, paga quatro vezes mais impostos do que em 2003 – isso no plano pessoal, sem contabilizar os tributos da empresa.
A empresa de Vitor presta serviços a repartições públicas da Capital oferecendo cinco automóveis com motorista. Chegou a ter oito carros, mas reduziu a frota em função dos gastos. Somente de ISSQN, paga 2% sobre o faturamento – algo como R$ 3 mil mensais.
– Os impostos eram quase maiores que os lucros, não compensava – conta o microempresário, de 35 anos.
A GAN melhorou a renda da família. Mas, junto, vieram os gastos – e os tributos embutidos. Depois que o pai, Pedro, 70 anos, penou na fila do SUS para fazer consultas e exames, Vitor contratou um plano de saúde, no valor de R$ 1,3 mil por mês.
As despesas regulares, como luz e água, também aumentaram. Como necessita do celular para acionar os funcionários – o aparelho é o seu escritório itinerante –, a conta telefônica saltou em relação a 2003. O mesmo ocorreu com a gasolina: atualmente consome R$ 20 por dia, ou quatro vezes mais do que em 2003. Antes pilotava uma motocicleta, hoje desloca-se a bordo de um Tempra.
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