ZERO HORA 20 de outubro de 2013 | N° 17589
NILSON MARIANO
864 MIL HORAS DE IMPOSTOS
Em uma década, peso dos tributos ficou 16% maior do que o da inflação para os brasileiros. E bem além disso para quem melhorou de vida
O SÓCIO OCULTO DE CLÁUDIO PEÑA
Há 10 anos, ao se referir à cobrança de impostos, o empresário Cláudio Fróes Peña brincou que tinha um sócio indesejado. Era um parceiro oculto, mas implacável na sua voraz onipresença: o fisco.
Atualmente, aos 75 anos, Peña percebe que a gula do sócio aumentou. Tenista na categoria sênior, colecionador de troféus e com jogos no Exterior, desembolsou R$ 600 por uma raquete, em 2003, destinando R$ 102 para impostos. Recentemente, pagou R$ 700 por uma nova, mas se abismou ao notar que fora tributada em 50%.
Pai de quatro filhos, cinco netos para se entreter, o empresário compra raquetes quase todo ano. É uma necessidade para quem conquistou 30 campeonatos e vices nos últimos 10 anos. Guarda uma como reserva, as outras doa. A cada aquisição, um susto no imposto.
– Estão aumentando sistematicamente – constata.
De tão contrariado com as taxações, Peña virou um estudioso do assunto. Um dos vice-presidentes da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), participa da Divisão de Impostos da entidade. Cético, não acredita em reforma, menos ainda num alívio ao bolso do contribuinte.
NILSON MARIANO
864 MIL HORAS DE IMPOSTOS
MORDIDA CRESCE ACIMA DA INFLAÇÃO
Em uma década, peso dos tributos ficou 16% maior do que o da inflação para os brasileiros. E bem além disso para quem melhorou de vida
O SÓCIO OCULTO DE CLÁUDIO PEÑA
Há 10 anos, ao se referir à cobrança de impostos, o empresário Cláudio Fróes Peña brincou que tinha um sócio indesejado. Era um parceiro oculto, mas implacável na sua voraz onipresença: o fisco.
Atualmente, aos 75 anos, Peña percebe que a gula do sócio aumentou. Tenista na categoria sênior, colecionador de troféus e com jogos no Exterior, desembolsou R$ 600 por uma raquete, em 2003, destinando R$ 102 para impostos. Recentemente, pagou R$ 700 por uma nova, mas se abismou ao notar que fora tributada em 50%.
Pai de quatro filhos, cinco netos para se entreter, o empresário compra raquetes quase todo ano. É uma necessidade para quem conquistou 30 campeonatos e vices nos últimos 10 anos. Guarda uma como reserva, as outras doa. A cada aquisição, um susto no imposto.
– Estão aumentando sistematicamente – constata.
De tão contrariado com as taxações, Peña virou um estudioso do assunto. Um dos vice-presidentes da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), participa da Divisão de Impostos da entidade. Cético, não acredita em reforma, menos ainda num alívio ao bolso do contribuinte.
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