PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

ALTA DA GASOLINA SUPERA O PREVISTO



ZERO HORA 02 de fevereiro de 2015 | N° 18061

BRUNA SCIREA MARIA EDUARDA FORTUNA | *Colaborou Kamila Almeida


LITRO BEM MAIS CARO

APESAR DE O GOVERNO estimar elevação em R$ 0,22 no preço do litro na bomba após aumento de tributos, maior parte dos postos visitados por ZH e Rádio Gaúcha ontem praticava valor R$ 0,40 superior ao de sábado. Pesquisar preços é opção para o consumidor


No dia em que passou a valer a alta promovida pelo governo federal nos impostos sobre a gasolina e o diesel nas refinarias, o consumidor já sentiu o aumento nas bombas. Em Porto Alegre, motoristas que abasteceram seus veículos na manhã de ontem foram surpreendidos pelo reajuste acima do estimado pela União. Apesar do susto aos motoristas, Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul (Sulpetro) e Procon afirmam que a prática é legal.

A expectativa do governo era de que o impacto do aumento dos tributos representasse uma elevação de R$ 0,22 no preço da gasolina nas bombas. Conforme levantamento feito por ZH e Rádio Gaúcha em 30 postos da Capital, na manhã de ontem, o valor variava, mas já chegava a R$ 3,39 – como em um posto na Avenida Protásio Alves, onde, no sábado, o preço era de R$ 2,99. Na maior parte dos estabelecimentos visitados pela reportagem, o acréscimo foi de R$ 0,40.

– Vim abastecer e acabei assaltado – reclamou Jamerson Paim, instalador de linhas de telefone, que pagou R$ 3,35 pelo litro na Avenida Ipiranga.

Funcionário terceirizado de uma companhia telefônica, Paim roda cerca de 500 quilômetros todos os meses a trabalho pelos bairros Santana e Glória. Se antes gastava, em média, R$ 110, agora terá de desembolsar R$ 134. Dos 20 postos visitados pela Rádio Gaúcha nas zonas central, leste e sul da Capital, apenas cinco não haviam alterado os preços. Entre os 10 postos percorridos por ZH, todos na Avenida Ipiranga, dois estavam com os valores praticados no sábado.

– O pessoal passa por aqui, pergunta o valor e não abastece. Acho que eles estão fazendo uma pesquisa, porque vários estão vendo que o valor aqui ainda é o de ontem (sábado) e acabam voltando para encher o tanque – disse o frentista de um estabelecimento na Avenida Ipiranga, onde a gasolina ainda era vendida a R$ 2,99.

SEM REAJUSTE PREVISTO, ÁLCOOL TAMBÉM SOBE

Se a estimativa do levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)apontava média de 2,96 para a semana passada na Capital, a pesquisa informal resultou no preço médio de R$ 3,29 neste domingo. Já o diesel, que tinha previsão de acréscimo de R$ 0,15 em seu valor, também aumentou até R$ 0,40 – variando entre R$ 2,49 e R$ 2,99. E o álcool, que não tinha previsão de reajuste, subiu em oito dos postos pesquisados e chega a custar R$ 0,30 a mais. O decreto que altera as alíquotas começou a valer a partir da meia-noite de ontem.

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