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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CESTA BÁSICA DE PORTO ALEGRE TEM A MAIOR ALTA DO BRASIL

CORREIO DO POVO 04/09/2013 12:54

Cesta básica de Porto Alegre tem maior alta em agosto, apura Dieese. Com elevação de 1,83%, conjunto de alimentos básicos passou a custar R$ 311,50


A cesta básica de Porto Alegre sofreu a maior alta– de 1,83% - no mês de agosto entre as 18 capitais pesquisadas, informou nesta quarta-feira o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O conjunto de gêneros alimentícios essenciais da Capital gaúcha custa atualmente R$ 311,50, o segundo mais elevado.

No País, 13 das 18 capitais em que Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica apresentaram queda no preço. As retrações mais significativas foram registradas em Goiânia (-4,04%), Fortaleza (-3,96%) e Recife (-3,43%). Além de Porto Alegre, as maiores altas ocorreram em Brasília (0,72%), Curitiba (0,59%), Campo Grande (0,35%) e Florianópolis (0,11%).

Em relação aos produtos, tomate, feijão e manteiga recuaram em 13 localidades e o óleo em 12 capitais. Já o leite encareceu na maioria delas, com aumento de preços em 17 regiões.

Apesar do recuo de 2,38% ocorrido no último mês, São Paulo continuou a ser a capital com o maior valor (R$ 319,66) para os gêneros alimentícios de primeira necessidade. Porto Alegre é a segunda, na frente de Vitória (R$ 310,03) e Manaus (R$ 305,78). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 233,19), Salvador (R$ 257,54) e Goiânia (R$ 258,45).

Salário deveria ser de R$ 2.685,47 para atender despesas

Com base no custo apurado para a cesta de São Paulo e levando em consideração a Constituição que estabelece que o salário mínimo deve ser capaz de suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor necessário. “Em agosto, o menor salário pago deveria ser de R$ 2.685,47, ou seja, 3,96 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00”, salientou a economista Daniela Baréa Sandi.

Segundo a especialista, em julho, o mínimo necessário era maior e equivalia a R$ 2.750,83, ou 4,06 vezes o piso vigente. Em agosto de 2012, o valor necessário para atender às despesas de uma família chegava a R$ 2.589,78, o que representava 4,16 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).

Variação da cesta básica desde o início de 2013

Entre janeiro e agosto, somente em três capitais - Florianópolis (-1,97%), Goiânia (-1,79%) e Belo Horizonte (-0,12%) - a variação acumulada do preço da cesta básica apresentou queda. Nas demais 15 localidades houve alta, com os maiores aumentos verificados no Nordeste: Aracaju (14,28%), Salvador (13,39%), João Pessoa (11,92%) e Natal (11,62%). Os menores aumentos foram apurados em Curitiba (3,69%), Brasília (3,82%) e Fortaleza (4,59%).

Em 12 meses (entre setembro de 2012 e agosto de 2013 - período para o qual os dados referem-se a 17 capitais, pois ainda não havia pesquisa em Campo Grande) – houve aumento em 14 localidades. As maiores variações foram encontradas em Salvador (14,35%), João Pessoa (14,07%) e Belém (12,88%). Houve diminuição de preços em Florianópolis (-3,77%), Goiânia (-2,07%) e Rio de Janeiro (-1,36%).

Jornada de trabalho


Devido à predominância de queda no preço dos itens essenciais – comportamento registrado em 13 capitais pesquisadas pelo Dieese - a jornada necessária para o trabalhador que ganha salário mínimo adquirir a cesta básica diminuiu mais de uma hora, totalizando, na média das 18 capitais, 91 horas e 21 minutos, enquanto em julho chegava a 92 horas e 31 minutos.

Em comparação com agosto de 2012, o tempo de trabalho necessário para a mesma aquisição, também teve redução, uma vez que então equivalia a 95 horas e 03 minutos. “Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em agosto, 45,13% dos vencimentos para comprar os mesmos produtos que, em julho, demandavam 45,71%”, ressaltou, acrescentando que, em agosto de 2012, o comprometimento equivalia a 46,96%.

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