PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

JUROS SOBEM DEPOIS DE 20 MESES

ZERO HORA 18 de abril de 2013 | N° 17406

BC sobe juro depois de 20 meses

Pressionado, Copom eleva a Selic para 7,5% ao ano, por seis votos a dois, e tenta reduzir expectativa de aumento de preços



Sob pressão de parte do mercado financeiro e diante da resistência da inflação, o Banco Central (BC) aumentou ontem a taxa básica da economia, a Selic, de 7,25% para 7,5%. É a primeira elevação desde julho de 2011.

Mas a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) não foi unânime: foram seis votos a favor da alta contra dois pela manutenção do juro. Em seu comunicado, o BC avalia que “o nível elevado da inflação e a dispersão do aumento de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária”. Porém também pondera que os cenários interno e externo ainda pedem cautela na dose administrada.

Roberto Padovani, economista-chefe da Votorantim Corretora, destacou que o debate público sobre crescimento da economia e inflação tem sido intenso e pode ter criado forte incentivo político para o governo reagir à instabilidade econômica, adotando um discurso mais amigável aos mercados. Na avaliação do especialista, como não houve mudanças bruscas no cenário econômico, ainda prevalece a cautela.

– Faz sentido que o ciclo de correção dos juros seja mais longo e mais suave. Optamos por manter o cenário em que a Selic alcance o patamar de 8,5% ao final do ano – afirmou.

André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, avaliava como provável a alta do juro básico, mas classificou a decisão como “absurda”:

– Serve apenas para acomodar as expectativas inflacionárias dos economistas. Seria muito mais eficiente se o BC deixasse a Selic estável e agisse de maneira não convencional. Ou, como se diz no novo jargão, por meio de medidas macroprudenciais.

Na avaliação de Perfeito, se o BC diminuísse o prazo máximo de algumas linhas de crédito iria de fato restringir a demanda e a atividade. O Copom volta a se reunir no fim de maio, quando poderá ocorrer nova alta do juro.




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