PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

sábado, 10 de janeiro de 2015

DRAGÃO VIVO



ZERO HORA 10 de janeiro de 2015 | N° 18038


ECONOMIA. Inflação sobe 6,41% em 2014, mas fica abaixo do teto da meta



ALIMENTOS E HABITAÇÃO pressionaram mais o índice no ano passado, com destaque para carnes. Para 2015, a expectativa é de que os preços administrados, como energia, tenham maior impactoO Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em dezembro, mas o indicador fechou 2014 pouco abaixo do limite permitido pelo regime de metas de inflação, o que era o objetivo do governo federal. Influenciado por aumento nos itens de alimentação e habitação, o avanço no ano chegou a 6,41%. É a maior taxa desde 2011, quando ficou em 6,5%. O dado foi divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O centro da meta é 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos – ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%. Acima desse valor, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, tem de escrever uma carta aberta explicando o motivo do descumprimento.

O índice em Porto Alegre ficou em 6,77% em 2014, acima da média no país e o terceiro maior entre as regiões metropolitanas, atrás de Rio de Janeiro e Goiânia.

No primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, a inflação brasileira somou 27,03%, com alta anual média de 6,17%. Nos últimos cinco anos, o índice tem se mantido na faixa de 5,90% a 6,50%.

O compromisso de levar índice a 4,5% em 2016

Por meio de nota, Tombini destacou que o indicador ficou dentro do intervalo de tolerância do regime de metas, mas admitiu que a inflação ainda apresenta resistência no curto prazo. E acrescentou que fará o necessário para que o IPCA entre em longo período de declínio, movimento que levaria o indicador à meta de 4,5% em 2016, como projetado pelo presidente do BC.

A economista Adriana Molinari, da Tendências Consultoria Integrada, espera para 2015 um quadro inflacionário tão ou mais pressionado do visto em 2014. A especialista estima que os chamados preços livres (como de alimentos) devem manter uma trajetória de queda, enquanto os preços administrados (energia elétrica, tarifas de ônibus, gasolina, entre outros) deverá avançar.

– Eles (preços administrados) já passaram de 1,52% em 2013 para 5,31% em 2014. A nossa expectativa é de que em 2015 avancem de forma significativa, fechando na casa de 9%.

No ano passado, o que mais pesou no índice foram os aumentos nas carnes (confira quadro acima). Houve maior demanda do Exterior, em especial da Rússia, ao mesmo tempo, a estiagem prejudicou as pastagens, afetando a oferta. Os reajustes na energia elétrica também tiveram impacto significativo.

– A seca prejudicou tanto o abastecimento de energia quanto as lavouras – apontou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Nos últimos 10 anos, os preços dos alimentos subiram 99,73%, muito acima da inflação oficial no período, segundo o IBGE. O IPCA registrou taxa de 69,34% de 2005 a 2014.

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