PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

BC AUMENTA JUROS PELA TERCEIRA VEZ


ZERO HORA 11 de julho de 2013 | N° 17488

DE OLHO NA INFLAÇÃO

Por unanimidade, Copom decide elevar Selic em 0,5 ponto, para 8,5% ao ano, e economistas projetam novas altas em 2013



Para reforçar o combate à inflação, o Banco Central (BC) decidiu ontem elevar o juro básico em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano. Foi a terceira alta consecutiva da Selic, taxa de referência para a economia brasileira, que assim volta para o mesmo patamar de maio do ano passado.

Decidida por unanimidade pelo Comitê de Política Monetária (Copom), formado pelos diretores do BC, a alta do juro confirmou a principal aposta de economistas. O resultado da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho em 12 meses, que ficou acima do teto da meta, reforçou a percepção de que a Selic subiria 0,50 ponto. O IPCA foi de 6,7% no período. O compromisso do BC é manter esse indicador entre 2,5% e 6,5%.

A elevação dos juros é um instrumento usado pelo governo para conter o consumo, uma vez que o crédito (tanto empréstimos em instituições financeiras quanto parcelamentos em lojas, por exemplo) fica mais caro. E, com menos demanda, a inflação tende a ceder.

Fernando Genta, economista-chefe da MCM Consultores, destaca que, embora a produção industrial do país esteja fraca, o que poderia arrefecer o ritmo de alta do juro básico, o IPCA em 12 meses acima da meta reforçou a necessidade de aperto monetário. Genta prevê novo aumento de 0,50 ponto percentual em agosto e outro de 0,25 em outubro, o que levaria a Selic para 9,25% ao ano no fim de 2013. Economista do banco Santander, Maurício Molan projeta a taxa em 9% ao ano em dezembro, mas também esperava aumento para 8,5% ao ano ontem.

– A última ata do Copom indicou uma mudança tanto na avaliação quanto na estratégia da autoridade monetária. Recentemente, a prioridade parece estar voltada totalmente ao controle da inflação, mesmo à custa de um menor crescimento econômico – diz Molan.

BRASÍLIA

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