PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

quinta-feira, 12 de março de 2015

SALARIO CURTO





ZERO HORA 12 de março de 2015 | N° 18099

ERIK FARINA


SUAS CONTAS. INFLAÇÃO NA VIDA REAL



ALTA NO CUSTO de produtos e serviços do dia a dia, somados a aumento da gasolina, reajuste da conta de energia, elevação nas mensalidades escolares e gastos maiores no supermercado, pressiona o orçamento dos moradores da Região Metropolitana

Além das estatísticas e das planilhas, a inflação assusta na vida real. Os preços de produtos e serviços do dia a dia na região metropolitana de Porto Alegre têm superado os dados oficiais, em muitos casos crescendo o dobro. Gasolina, mensalidades escolares, contas de luz e consultas médicas, por exemplo, inflaram mais do que os 9% apontados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/Iepe) calculado pela UFRGS nos últimos 12 meses – o IPC-S, medido pela Fundação Getúlio Vargas, aponta inflação de 6,74% (veja ao lado).

– Quando se considera os gastos mais comuns do dia a dia, como alimentos e lazer, a sensação é de que a inflação está ainda maior. Mas outros itens que estão com preços acomodados acabam segurando a média – explica Everson Vieira dos Santos, coordenador do IPC da UFRGS.

A percepção de que a “inflação real” supera estatísticas tende a se tornar mais comum em razão da recente aceleração da inflação, dizem analistas – os dados de 12 meses até fevereiro foram os mais altos desde 2003, conforme a UFRGS. Como as correções de salários ocorrem apenas uma vez ao ano, o consumidor sente a perda do poder aquisitivo por mais tempo. O preço da energia subiu 27% no período, enquanto o combustível disparou quase 15% e uma visita ao consultório médico passou, em média, de R$ 240 para R$ 277, alta de 15,32%.

– Como a alta de preços está disseminada, é mais complicado trocar um produto por outro. Esse quadro é mais nítido para famílias com filhos, que têm dificuldade de escapar de mensalidades escolares, transporte e planos de saúde – explica Santos.

Foram justamente os produtos e serviços indispensáveis às famílias que tiveram maior alta – assim como as tarifas reguladas pelo governo, das quais não há como escapar. Conforme Santos, os solteiros têm mais facilidade para cortar custos e compensar gastos. Consultores financeiros afirmam que a inflação em alta reforça a necessidade de organizar o orçamento e evitar dívidas que comprometam a renda nos meses seguintes.









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