PRINCÍPIO DA TRANSPARÊNCIA TRIBUTÁRIA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Art.150, § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

CAMPANHA PEDE REDUÇÃO DE IMPOSTOS SOBRE REMÉDIOS

FOLHA.COM 19/10/2013 - 03h32


MARIANA VERSOLATO
EDITORA-ASSISTENTE DE "CIÊNCIA+SAÚDE"



Uma campanha lançada neste mês quer pressionar o governo a reduzir os impostos --e, consequentemente, o preço -- de medicamentos no Brasil.

Quem está por trás da iniciativa é a Abrafarma (associação de redes de farmácias e drogarias) e a Interfarma (associação que representa a indústria farmacêutica).

Segundo as entidades, o Brasil é um dos campeões de impostos sobre medicamentos, com uma carga tributária de 34%. A conta foi feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

O ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços) abocanha a maior parte desse percentual. O tributo fica entre 17% e 19% do preço do remédio, dependendo do Estado. Em São Paulo ele é de 18%. Só no Paraná o imposto é mais baixo, de 12%.


Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress



Em países como Portugal, Suíça e Holanda, os medicamentos são tributados em, no máximo, 10%, afirmam as associações. A média em outros países é de 6,3%, mas no Reino Unido e Canadá não há impostos sobre remédios.

"Não faz sentido que remédio pague mais impostos que biquíni ou urso de pelúcia", diz Antônio Britto, presidente da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

"A Constituição afirma que a tributação de um produto deve ser feita de acordo com sua essencialidade, mas acho que houve uma inversão das prioridades, já que automóvel tem imposto menor que medicamentos no país", diz Pedro Bernardo, diretor da área de acesso da Interfarma.

Cassio Zocolotti, diretor de consultoria tributária do grupo FBM, afirma que a redução de impostos estaduais e federais teria um impacto direto na diminuição do preço dos remédios para o consumidor final, já que, por força de lei, os valores desses produtos são determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

"Impostos menores significariam maior acesso da população aos remédios, menos hospitalizações e menor uso de dinheiro público na saúde", diz Britto.

De acordo com Zocolotti, que não está envolvido com a campanha, a redução de impostos poderia aumentar a arrecadação, já que, com remédios mais baratos, o consumo deve crescer.

Foi o que aconteceu no Paraná, que reduziu o ICMS para remédios em 2008: a arrecadação com medicamentos aumentou de R$ 50 milhões antes da mudança para cerca de R$ 170 milhões em 2010.

A campanha está coletando adesões por meio de abaixo-assinados disponíveis em cerca de 6.000 farmácias do país. A iniciativa já conseguiu mais de 2 milhões de assinaturas desde o dia 1º.

O próximo passo, segundo Britto, é entregar o resultado da campanha para senadores e deputados federais em novembro e pressioná-los a reduzir ou até eliminar os impostos de medicamentos.

Outro objetivo é colocar em pauta alguns dos mais de 20 projetos de lei que defendem a redução de impostos dos medicamentos.

OUTRO LADO

Procurado pela reportagem, o Ministério da Fazenda afirmou que não estão previstos novos cortes de impostos sobre produtos, mas não se manifestou sobre a diferença entre a carga tributária dos remédios e a de outros produtos. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo disse apenas que "por ora, é contra a redução".

AUMENTO DA ALÍQUOTA DO IOF SOFRE CRÍTICAS DE ECONOMISTAS E DEIXA TURISTAS INDIGNADOS

ZERO HORA 30 de dezembro de 2013 | N° 17659
CADU CALDAS E GUSTAVO FOSTER

EXTERIOR MAIS CARO. Hora de refazer planos de viagem. Governo sobe alíquota do IOF antes do feriadão, manobra criticada por economistas e que deixou turistas indignados


Enquanto milhões de brasileiros lotavam estradas e aeroportos para aproveitar o feriadão de fim de ano, o Ministério da Fazenda anunciou aumento de 1.579% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) – de 0,38% para 6,38% – para transações com cartão de débito e pré-pago. A medida pegou muita gente de surpresa.

Passageiros que aguardavam embarque no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na tarde de ontem, se dividiam entre a indignação e a resignação. De malas prontas para Chicago, nos EUA, a estudante Aline Yumi, que tem espaço na mala reservado para trazer um notebook e um celular, fazia parte da turma de conformados. Lamentava a alta repentina, mas continuava determinada a ir às compras:

– Aqui é tudo muito caro, então ainda vale a pena ir para lá e comprar.

Para os que já estão no Exterior, a mudança afeta principalmente quem fizer saques com cartões de débito e quem pretendia recarregar o cartão pré-pago durante a viagem.

O engenheiro José Agnaldo dos Santos, também embarcando para os EUA, reclamava por ter de arcar com os gastos inesperados. Usuário do cartão pré-pago, fez como muitos: deixou para comprá-lo na última hora e pagou valores nos quais já incidia a taxa de 6,38%. A solução, segundo ele, é pisar no freio na hora de gastar.

– Outra solução é ir com dólar no bolso. Eu estou indo com um pouco, é complicado. Isso (o aumento do IOF) é um absurdo – reclamava.

Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar se a medida vai inibir viagens ao Exterior e ajudar a reduzir o déficit em conta corrente do país, como projeta o governo. Para Régis Radin, gerente do Banco Rendimento em Porto Alegre, está claro que a principal razão do aumento foi ampliar a arrecadação.

– As diversas formas de pagamento não são concorrentes, são complementares. Se a proposta era equiparar todas, por que uma delas ficou de fora? – questiona, sobre compra de moeda estrangeira no Brasil, que não sofreu aumento na alíquota.

O economista Mauro Salvo, especialista em câmbio, afirma que a alíquota de compra de moeda no país só não foi reajustada pelo governo para não estimular o paralelo. Mas projeta que um aumento pode ocorrer nos próximos meses.



NOVA ALÍQUOTA DO IOF NÃO VAI IMPEDIR COMPRAS NO EXTERIOR

ZERO HORA 30/12/2013 | 05h04

Nova alíquota do IOF provoca reações diferentes de turistas. Anunciado na sexta-feira, o aumento da taxa de 0,38% para 6,38% surpreendeu passageiros com viagens marcadas



Rumo a Chicago, Aline disse que não reduzirá as compras nos EUA porque aqui pagaria mais por eletrônicosFoto: Guilherme Santos / Agencia RBS


Cadu Caldas e Gustavo Foster


Enquanto milhões de brasileiros lotavam estradas e aeroportos para aproveitar o feriadão de final de ano, o Ministério da Fazenda anunciou um aumento de 1.579% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) —de 0,38% para 6,38% — para transações com cartão de débito e pré-pago. O anúncio feito em um horário bastante incomum — final da tarde de sexta-feira, véspera de feriado prolongado — pegou muita gente de surpresa.

Os passageiros que aguardavam embarque no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, na tarde de domingo, se dividiam entre a indignação e a resignação. De malas prontas para Chicago (EUA), a estudante Aline Yumi, que tem espaço na mala reservado para um notebook e um celular, fazia parte da turma de conformados. Lamentava a alta repentina, mas continuava determinada a ir às compras:

— Aqui é tudo muito caro, então ainda vale a pena ir para lá e comprar.

Para os que já estão no Exterior, a mudança afeta principalmente quem fizer saques com cartões de débito e quem pretendia recarregar o cartão pré-pago conforme a necessidade, durante a viagem.

O engenheiro José Agnaldo dos Santos, também com voo marcado para os Estados Unidos, reclamava por ter de arcar com os gastos inesperados. Usuário do cartão pré-pago, fez como muitos: deixou para comprá-lo na última hora e pagou valores nos quais já incidia a tarifa de 6,38%. A solução, segundo ele, é pisar no freio na hora de gastar.

— Eu imaginava comprar no débito, já tinha posto dinheiro no pré-pago. Agora, se eu for comprar algo, vai ser bem menos. A outra solução é ir com dólar no bolso. Eu estou indo com um pouco, é complicado. Isso (o aumento do IOF) é um absurdo — reclamava.

Segundo especialistas, ainda é cedo para avaliar se a medida vai de fato inibir viagens ao Exterior e ajudar a reduzir o déficit em conta corrente do governo, como prevê o Planalto. Certo mesmo é que a justificativa para o aumento não colou. Em nota, o Ministério da fazenda disse que o objetivo da ação é conferir isonomia entre as diversas formas de pagamento feito em moeda estrangeira.

Para Régis Radin, gerente do Banco Rendimento em Porto Alegre, está claro que a principal razão do aumento foi ampliar a arrecadação.

— As diversas formas de pagamento não são concorrentes, são complementares. Se a proposta era equiparar todas, por que uma delas ficou de fora? — questiona, sobre compra de moeda estrangeira no Brasil, que não sofreu aumento na alíquota.

O economista Mauro Salvo, especialista em câmbio, afirma que a alíquota de compra de moeda no país só não foi reajustada pelo governo para não estimular a comercialização de dólar paralelo. Mas projeta que um aumento pode ocorrer nos próximos meses.

— A data do anúncio foi bastante calculada. Pegou metade do país em ritmo de férias para tentar reduzir impactos negativos — critica.


Tire suas dúvidas

Por que o governo aumentou o IOF?

A justificativa do Palácio do Planalto é de que ao aumentar o imposto evita privilegiar um forma de pagamento. Para especialistas, no entanto, o principal motivo seria aumentar a arrecadação. Com a alta da alíquota, o governo espera arrecadar R$ 552 milhões a mais em 2014.

Quem já tinha dinheiro no cartão pré-pago pagará imposto maior quando for usá-lo em compras a partir de agora?

Não. O imposto incide apenas sobre compra ou carregamento ou recarga do cartão. Logo, se você tinha US$ 1.000 carregados antes de sábado, já pagou todo o IOF devido.

Saques feitos no Exterior com cartão pré-pago pagam novo imposto?

Não. Você paga se sacar de sua conta corrente, como já ocorre hoje.

O IOF para cheques de viagem é pago na compra dos cheques ou quando eles são usados?

Só quando você compra os cheques.

Cheques de viagem comprados antes de sábado terão cobrança adicional de imposto?


Não, só os cheques de viagem comprados depois do aumento do IOF.

Quem trabalha ou estuda fora do Brasil e recebe dinheiro por transferência bancária também pagará mais imposto?

Não.

Há limite para compra de dólar em moeda?

Não. Mas é necessário informar a Receita Federal.

Há limite para o turista levar dólar em moeda na viagem?

Não, mas valores acima de R$ 10 mil (em qualquer moeda) têm de ser declarados à Receita por meio da Declaração Eletrônica de Bens de Viajante e apresentar-se à fiscalização da Receita na saída do país.

sábado, 28 de dezembro de 2013

SHOPPINGS DO BRASIL TÊM O PIOR NATAL DOS ÚLTIMOS 5 ANOS




Shoppings do Brasil têm pior Natal dos últimos 5 anos, diz Alshop. Alta da inflação e maior endividamento das famílias contribuíram com o movimento fraco das lojas

REDAÇÃO ÉPOCA, COM ESTADÃO CONTEÚDO
26/12/2013 12h52 - Atualizado em 26/12/2013 12h58



Os shoppings brasileiros tiveram o pior movimento de compras de Natal dos últimos cinco anos, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). "Podemos considerar que este Natal foi o pior dos últimos cinco anos, o que salvou foi realmente o crescimento vegetativo das lojas", disse o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.

Ao longo de 2013, foram abertos 38 shoppings, totalizando 16 mil novas lojas no ano - um aumento de 14,6% em relação a 2012. Esse salto de pontos comerciais, segundo a Alshop, foi o que impulsionou o crescimento médio das vendas de 5% no Natal deste ano em relação a igual período de 2012. O setor vestuário, por exemplo, teve queda de 2% na comparação com o ano passado. Segundo a Alshop, as vendas no Natal foram afetadas pelo maior endividamento das famílias, pela menor disponibilidade de crédito e pela alta de inflação. O conjunto de fatores, diz a Associação, fez que os gastos com presentes de Natal em 2013 fosse inferior aos dos anos anteriores.

O segmento de Perfumaria e Cosméticos reportou a maior alta, com expansão de 10%. Em contrapartida, o setor de Vestuário registrou aumento de apenas 2% no período.A Alshop informou ainda que as vendas em shoppings registraram uma alta de 8% em 2013 na comparação com o ano passado. No ano, as vendas nos centros de compras totalizaram R$ 132,8 bilhões em todo o país.

Projeção para 2014

A Alshop estima que as vendas do setor em 2014 deverão apresentar um crescimento real de 3% ante 2013. Assim como neste ano, a projeção de alta é puxada pela expectativa da abertura de 20 a 25 shoppings em todo o país ao longo do próximo ano. O número, no entanto, representa queda em relação a 2013, quando 38 empreendimentos foram inaugurados em todo o país.



Do UOL, em São Paulo 26/12/201312h28

Shopping centers têm pior Natal em cinco anos, diz associação

Aiana Freitas


Os shopping centers tiveram o pior Natal em cinco anos, segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop).

Considerando-se lojas que já estavam funcionando no Natal de 2012, o faturamento ficou estável --ou seja, na média, não houve alta nem queda.

O desempenho variou de acordo com o setor. O de vestuário foi o que teve o pior desempenho na data: o faturamento caiu 1%. Esse setor é muito importante para os shopping centers porque concentra a maior parte das lojas nesses empreendimentos.

"Esse foi o pior Natal em cinco anos. Se não fosse o crescimento orgânico dos shoppings e as expansões, não teria havido crescimento nenhum", diz o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.

Considerando-se todo o ano de 2013, o faturamento dos shoppings também ficou estável em relação a 2012, segundo a Alshop.
Inflação, endividamento e dólar caro foram 'vilões'

Os motivos desse resultado ruim no Natal, segundo a Alshop, foram o aumento da inflação, o crescimento do endividamento das famílias e a alta do dólar, entre outros.

"O Brasil cresceu demais nos últimos quatro, cinco anos. Mais de 50 milhões de novos consumidores apareceram. Em 2009, eles compravam liquidificador, geladeira, televisão, porque não tinham. Agora, eles só repõem. É natural que aconteça uma acomodação", diz o diretor de relações institucionais da associação, Luís Augusto Ildelfonso da Silva.

O valor médio gasto por cada consumidor em shopping centers populares variou de R$ 35 a R$ 55 neste Natal, de acordo com a Alshop. Nos shoppings destinados às classes de maior poder aquisitivo, ficou entre R$ 75 e R$ 125. Nos dois casos, houve queda de 10% no valor na comparação com o Natal de 2012.
Crescimento de 5% foi puxado por novas lojas

A inauguração de novas lojas e shopping centers pelo país, porém, fez com que, de forma geral, o faturamento dos shopping centers subisse 5% no Natal. Esse faturamento é real, ou seja, descontada a inflação.

Nesse cenário, o setor que registrou a maior alta foi o de perfumaria e cosméticos, cujas vendas cresceram 10% na comparação com 2012.

Em seguida aparecem óculos, bijuterias e acessórios (alta de 9%), e jóias e relógios (9%). O setor de brinquedos teve alta de 5%. Logo depois aparecem eletroeletrônicos e eletrodomésticos (4%), calçados (3%) e vestuário masculino e feminino (2%).

A expectativa para 2014 é de que o setor registre crescimento de 3% no ano.

EM PORTO ALEGRE, GASOLINA TEM PREÇO ABUSIVO

ZERO HORA 28 de dezembro de 2013 | N° 17657

CADU CALDAS

FICOU NO TOPO. Preço do litro da gasolina na Capital segue abusivo. Alta que deveria ficar em 3% nas bombas acabou em reajuste de 4,9%


Um mês depois de aumentar nas refinarias, a alta do preço médio da gasolina cobrado nas bombas ficou em 4,9% nos postos de Porto Alegre. Apesar de uma leve redução nas últimas três semanas, o reajuste aplicado ainda é considerado abusivo.

O custo médio do litro do diesel teve comportamento semelhante: caiu de R$ 2,48 para R$ 2,46 no período, mas também segue acima do esperado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e pelo Procon-RS, que investigam a alta. No entanto, nenhum resultado prático foi alcançado até o momento.

No fim de novembro, a Petrobras aumentou em 4% o litro da gasolina e em 8% o diesel vendido pelas refinarias aos distribuidores. O percentual para os consumidores deveria ser menor porque, nas bases de distribuição, os combustíveis recebem aditivos como o etanol, que não sofreram aumento. Por isso, o reajuste esperado nas bombas era menor, de 3% para a gasolina e de 6% para o diesel.

ANP e Procon-RS esperam por explicações dos postos

O cenário constatado por Zero Hora ontem é bastante semelhante ao observado pela ANP em 7 de dezembro. Levantamento realizado por fiscais em 90 revendedoras de Porto Alegre apontou aumento médio de 4,8% nas bombas. Para averiguar a motivação do aumento acima do esperado, a agência solicitou acesso às notas fiscais e ao livro de movimentação de combustíveis de cada estabelecimento. Ao menos 73 postos haviam aplicado reajustes superiores a 3,5%.

A análise dos documentos deve ser concluída até o dia 10 de janeiro, projeta o coordenador do escritório da Região Sul da ANP, Edson Silva. Se for confirmado abuso, os casos serão encaminhados ao Ministério Público e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). No ínicio de dezembro, Edson Silva afirmava que os preços se acomodariam em um mês, o que não ocorreu.

Pesquisa semelhante realizada pelo Procon-RS, em 11 de dezembro, em 40 pontos de venda na Capital, também constatou aumento considerado abusivo em 28 postos – 70% do total. Todos os revendedores que realizaram reajuste acima de 4% foram notificados e convidados a prestar justificativa para a alta em 10 dias. Até ontem, nenhum posto havia encaminhado resposta com suas explicações.

Cristiano Aquino, diretor do órgão de defesa do consumidor, afirma que o prazo foi estendido até a primeira semana de janeiro porque a entrega da notificação sofreu atrasos devido ao período de recesso de fim de ano.



GOVERNO AUMENTA IMPOSTO PARA CARTÕES NO EXTERIOR DE 0,38 PARA 6,38



ZERO HORA 28 de dezembro de 2013 | N° 17657

MORDIDA NO PRÉ-PAGO

Governo aumenta IOF para cartões de débito no Exterior. Alíquota passa de 0,38% para 6,38% a partir de hoje e fica igual à cobrada nos cartões de crédito



Em pleno período de férias, o governo elevou de 0,38% para 6,38% a partir de hoje a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para cartões de débito no Exterior, compras de cheques de viagem e saques de moeda estrangeira realizados em outros países. A medida atinge os carregamentos de cartões pré-pagos que se popularizaram nos últimos anos como opção mais vantajosa para os gastos de brasileiros fora do país.

De acordo com o Ministério da Fazenda, a medida confere isonomia de tratamento nas operações com moeda estrangeira realizadas por meio de cartão de crédito internacional, que já pagam 6,38%. Com isso, afirma o ministério, evita-se que um meio de pagamento seja preterido por outros em decorrência da estrutura de tributação. A arrecadação com a mudança é estimada em R$ 552 milhões por ano e vai ajudar o governo a melhorar suas contas.

Vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens no Estado (Abav-RS), Rita Vasconcelos considera a decisão um retrocesso:

– É uma má notícia para o turista brasileiro: terá de voltar a viajar ao Exterior com moeda estrangeira no bolso, como fazia antes.

Conforme Rita, a medida prejudica a conveniência e a segurança de quem utilizava cartões pré-pagos nas viagens internacionais. Uma alternativa é comprar uma quantidade maior de serviços ainda no Brasil, como locação de carro e passeios.

Segundo o educador financeiro Mauro Calil, o consumidor deve analisar alguns fatores:

– O que desempata a história é o programa de milhagem do cartão de crédito. O pré-pago trava o câmbio na hora da compra, então o consumidor foge da flutuação cambial que pode haver no crédito.



Para reduzir o gasto lá fora


Um dos motivos para a elevação do IOF sobre cartões de débito pré-pagos é o volume de gastos de brasileiros no Exterior – o outro é melhorar a arrecadação de impostos e as contas do governo. Em novembro, último mês com dados fechados, essas despesas foram de US$ 1,874 bilhão, o maior resultado para meses de novembro desde 1969. Em relação ao mês anterior, houve pequena redução, porque outubro havia registrado US$ 2,31 bilhões, o maior valor já registrado em um mês fechado.

– O governo pode ter percebido que os brasileiros estão utilizando bastante esse instrumento. Mesmo com o aumento do dólar no ano (de 14,7%), estamos batendo recordes de gastos fora do Brasil. Os pré-pagos eram os preferidos pelo imposto menor – diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

PORTO ALEGRE LIDERA UMA INDESEJÁVEL CARESTIA


JORNAL DO COMÉRCIO 27/12/2013


O preço dos itens que compõem a cesta básica subiu em novembro em 15 das 18 capitais nas quais o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) realiza mensalmente sua pesquisa nacional. Porto Alegre teve alta de 1,18% e foi, pelo segundo mês consecutivo, a capital com o conjunto de gêneros alimentícios de primeira necessidade mais caro do País, com R$ 328,72. A segunda cesta de maior valor foi encontrada em São Paulo, de R$ 325,56. Assim, ainda segundo o Dieese, o salário-mínimo deveria ter sido de R$ 2.761,58 em novembro, ou seja, 4,07 vezes o mínimo oficial em vigor, de R$ 678,00. A instituição leva em conta o custo apurado para a cesta básica mais cara no período, a de Porto Alegre, e o preceito constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. Em outubro, o mínimo necessário era ligeiramente menor e equivalia a R$ 2.729,24.

Entre janeiro e novembro deste ano, houve diminuição do valor da cesta somente em Goiânia, com menos 3,32%. Porto Alegre teve aumento de 11,67%. O tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário-mínimo pudesse adquirir o conjunto de bens essenciais só tem aumentado. Em linha com o reajuste do salário-mínimo acima da inflação para os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS), o novo valor aumentará o déficit da Previdência Social, mas não da urbana, que é superavitária, mas da previdência rural.

Caso acabasse o déficit da rural, o governo poderia pagar melhor os que percebem acima de um salário-mínimo e que vêm sendo achatados em seus ganhos há anos. Antes, era culpa deste ou daquele partido no governo. E agora? Foi criada, e com atraso de pelo menos uma década, a previdência complementar para os novos servidores públicos federais. Todos serão regidos pelos valores pagos nas aposentadorias e pensões do INSS. O aumento do salário-mínimo acima da inflação coloca mais de R$ 60 bilhões em circulação no País, ainda segundo o Dieese, beneficiando mais de 50 milhões de pessoas.

O acréscimo de cada R$ 1,00 no salário-mínimo tem um impacto estimado de R$ 257 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. Por isso, é difícil contentar os dois lados, o da arrecadação e o das despesas. Mas, certas leis que visam beneficiar acabam prejudicando. O caso das empregadas domésticas é exemplar, pois a legislação aprovada há meses visou dar mais benefícios, porém verificou-se um fenômeno contrário: as famílias passaram a contratar diaristas. E veio outro paradoxo: como diaristas na base de R$ 130,00 em Porto Alegre, trabalhando dois dias para um domicílio – mais de dois dias por semana é considerado como vínculo pela CLT na Justiça do Trabalho – e um dia para outra moradia, é mais vantajoso ser diarista do que receber um salário-mínimo. É receber três vezes por semana, ou 12 vezes no mês, R$ 130,00. Somando um total de R$ 1.560,00, sem preparar refeições e ficando sem trabalhar dois dias por semana. O que é melhor para a empregada?

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

ESTADO PAGADOR OU RECEBEDOR DE IMPOSTOS FEDERAIS

PORTAL IMB - INSTITUTO LUDWIG VON MISES BRASIL


O seu estado é um pagador ou um recebedor de impostos federais?

por Leandro Roque, terça-feira, 11 de maio de 2010




A tabela a seguir mostra quanto cada estado pagou de impostos federais em 2009 e quanto cada estado recebeu do governo federal a título de transferência de recursos (dinheiro destinado ao governo do estado e aos municípios desse estado) também em 2009.

Os impostos federais calculados são: imposto sobre exportação, imposto sobre importação, IPI, IRPF, IRPJ, IRRF (retido na fonte), IOF, ITR, CPMF, COFINS, PIS/PASEP, CSLL, CIDE-combustíveis, contribuições para o FUNDAF e outras receitas administradas.

O resultado final para cada estado aparece na coluna da direita. Os resultados em azul indicam que o estado é recebedor líquido de impostos federais. Os resultados em vermelhos indicam que o estado é um pagador de líquido de impostos federais.

Cada um tire suas próprias conclusões.

(Os estados foram elencados por região. Começa com a região Norte, depois Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e, finalmente, Sul).





Quanto paga ao governo federal

Quanto recebe do governo federal
Resultado final
Acre
244.750.128,94

2.656.845.240,92

2.412.095.111,98
Amazonas
6.283.046.181,11

3.918.321.477,20

— 2.364.724.703,91
Amapá
225.847.873,82

2.061.977.040,18

1.836.129.166,36
Pará
2.544.116.965,09

9.101.282.246,80

6.557.165.281,71
Rondônia
686.396.463,36

2.488.438.619,93

1.802.042.156,57
Roraima
200.919.261,72

1.822.752.349,69

1.621.833.087,97
Tocantins
482.297.969,89

3.687.285.166,85

3.204.987.196,96
Alagoas
937.683.021,32

5.034.000.986,56

4.096.317.965,24
Bahia
9.830.083.697,06

17.275.802.516,78

7.445.718.819,72
Ceará
4.845.815.126,84

10.819.258.581,80

5.973.443.454,96
Maranhão
1.886.861.994,84

9.831.790.540,24

7.944.928.545,4
Paraíba
1.353.784.216,43

5.993.161.190,25

4.639.376.973,82
Pernambuco
7.228.568.170,86

11.035.453.757,64

3.806.885.586,78
Piauí
843.698.017,31

5.346.494.154,99

4.502.796.137,68
Rio Grande do Norte
1.423.354.052,68

5.094.159.612,85

3.670.805.560,17
Sergipe
1.025.382.562,89

3.884.995.979,60

2.859.613.416,71
Goiás
5.397.629.534,72

5.574.250.551,47

176.621.016,75
Mato Grosso
2.080.530.300,55

3.864.040.162,26

1.783.509.861,71
Mato Grosso do Sul
1.540.859.248,86

2.804.306.811,00

1.263.447.562,14
Espírito Santo
8.054.204.123,9

3.639.995.935,80

— 4.414.208.188,1
Minas Gerais
26.555.017.384,87

17.075.765.819,42

— 9.479.251.565,45
Rio de Janeiro
101.964.282.067,55

16.005.043.354,79

— 85.959.238.712,76
São Paulo
204.151.379.293,05

22.737.265.406,96

— 181.414.113.886,09
Paraná
21.686.569.501,93

9.219.952.959,85

— 12.466.616.542,08
Rio Grande do Sul
21.978.881.644,52

9.199.070.108,62

— 12.779.811.535,9
Santa Catarina
13.479.633.690,29

5.239.089.364,89

— 8.240.544.325,4




Atualização: o Distrito Federal, por pura displicência deste que vos escreve, ficou de fora da lista. Eis os dados:

Quanto paga ao governo federal: 50.454.719.368,50

Quanto recebe do governo federal: 7.356.318.744,45

O que dá um déficit de — 43.098.400.624,05

O resultado parece estranho? Mas não é. Trata-se de uma enorme distorção. O DF, como é sabido, possui a maior concentração de funcionários públicos federais — incluindo-se aí os nobres membros do congresso e dos ministérios — por quilômetro quadrado. Quando o dinheiro do salário deles (que vem de todo o Brasil) cai em suas contas bancárias, o imposto de renda retido na fonte é contabilizado como arrecadação federal. O mesmo é válido para o imposto de renda pago por todas as estatais, inclusive BB e CEF, que possuem sede em Brasília.

Ou seja, o dinheiro que é espoliado de todo o resto do Brasil vai para o DF, cai na conta dos funcionários públicos e políticos e, em decorrência do IR que estes pagam, uma parte desse mesmo dinheiro é contabilizada como carga tributária que o DF paga ao governo federal. Bonito.Ainda assim, os repasses federais para o governo do DF são vultosos (maiores que os de Santa Catarina, por exemplo), o que mostra o quão privilegiada é a região.



Fontes:

Quanto cada estado paga ao governo federal: http://www.receita.fazenda.gov.br/Historico/Arrecadacao/PorEstado/2009/default.htmQuanto cada estado recebe do governo federal: http://www.portaltransparencia.gov.br/PortalTransparenciaListaUFs.asp?Exercicio=2009&Pagina=1


Leandro Roque é o editor e tradutor do site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.

O BRASIL TEM OS PREÇOS DOS CARROS MAIS CAROS DO MUNDO

entenda











O Brasil tem o preços dos carros mais caro do mundo, entenda por quê?

SIM CARROS - 27 de outubro de 2013

No vídeo você vai entender como nós brasileiros somos humilhados se tratando de preços dos produtos. O Brasil é o quarto maior consumidor de automóvel do mundo, o quinto maior produtor, mas em matéria de preço é o primeiro da lista.




COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O vídeo consta como retirado. Não sei o propósito, mas imagino.

GOVERNO AUMENTA TAXAS DE IMPOSTOS NOS CARROS




ZERO HORA 26 de dezembro de 2013 | N° 17655

NILSON MARIANO

IMPOSTO MAIOR. 
Carros devem aumentar até 2,2%

Alta do preço decorre das novas alíquotas de IPI definidas pelo governo para veículos que serão fabricados a partir de janeiro


Comprar um automóvel novo deverá custar de 1,1% a 2,2% mais caro a partir de janeiro, em decorrência da elevação nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) determinada pelo governo federal na véspera do Natal.

Previsto há meses pelo Ministério da Fazenda, o aumento da alíquota oscila de um a dois pontos percentuais – dependendo da potência do motor dos veí- culos (veja quadro ao lado).

A atual fórmula de redução no IPI dos carros está em vigor desde maio de 2012, para estimular a indústria automotiva e aumentar o consumo. No início, os automóveis 1.0 chegaram a ter alíquota zero, mas o governo decidiu elevar gradual- mente o imposto. A que entra em vigor em janeiro é a segunda rodada dessa recomposição. A primeira ocorreu em janeiro de 2013.

Ontem, ao comentar os novos percentuais do IPI, o presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Sincodiv/Fenabrave) no Estado, Fernando Esbroglio, confirmou que os preços irão subir, como consequência do repasse do imposto.

– O consumidor vai pagar mais – avisa Esbroglio.

O reajuste valerá para os carros fabricados a partir de janeiro. Hugo Pinto Ribeiro, diretor de uma revenda de Porto Alegre, destaca que os estoques atuais serão vendidos ainda com o IPI antigo. O empresário aposta que as revendas deverão entrar por algumas semanas em 2014 ainda com veículos deste ano.

– Devem ser vendidos sem aumento de imposto até terminarem os estoques – informa o revendedor.

Ribeiro considera que o reajuste no IPI não provocará aumentos descabidos no preço final, nem deverá afetar de forma drástica as vendas do setor. Exemplificou que um carro de R$ 30 mil, se for comprado em 36 meses, terá um acréscimo de R$ 12 em cada parcela.

– O governo procedeu bem. Houve aumento mínimo no IPI sem prejudicar o mercado – avalia o empresário.

Estoques estão abaixo da média

Para quem planeja trocar de carro meio logo, Esbroglio sugere que o melhor momento é agora, porque existem modelos com IPI antigo, embora os estoques já estejam abaixo da média. Ribeiro diz que sua empresa, a Guaibacar, trabalha, em média, com 500 automóveis no estoque. No entanto, devido ao movimento acentuado antes do Natal, deverá virar o ano com 200 unidades.

– A partir de 2 de janeiro iremos reavaliar o estoque remanescente – avisa Ribeiro.

O impacto da elevação nos preços dos carros deverá se refletir na inflação a partir da segunda quinzena de janeiro. O coordenador do escritório do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) em Porto Alegre, Marcio Fernando Mendes da Silva, diz que o efeito dependerá do repasse do novo IPI pelas montadoras.NILSON MARIANO


Montadoras temem queda nas vendas com a elevação



A recomposição parcial no quadro de alíquotas do IPI feita pelo governo federal superou as expectativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). O presidente da entidade, Luiz Moan, alerta que o adicional de um ponto percentual no imposto para os carros populares poderá afetar as vendas.

Assim que a elevação de alíquotas foi publicada no Diário Oficial, na terça-feira, matemáticos da Anfavea calcularam o impacto no preço dos carros que serão produzidos a partir de janeiro. Deverá oscilar entre 1,1% (motor 1.0) e 2,2% (2.0 a gasolina).

– É importante lembrar que um ponto percentual no IPI, no caso dos populares, representa o acumulado de dois meses de inflação – observa Moan, ao justificar o 1,1% de aumento no preço final.

A Anfavea informou que, de maio de 2012 até novembro deste ano, a indústria automobilística deixou de recolher pouco mais de R$ 4,9 bilhões com a redução de IPI. Em compensação, gerou receita de R$ 11,6 bilhões em outros impostos, além de fabricar 1,3 milhão de carros a mais e gerar 10 mil empregos.

De parte do governo, o plano é aumentar a arrecadação de IPI em R$ 1,1 bilhão, até a primeira metade de 2014. O Ministério da Fazenda avalia que não haverá impacto sobre a inflação nem demissões no setor automotivo.



COMENTÁRIO DO BENGOCHEA - O governo é ágil para aumentar supersalários, verbas para a corte e taxas de impostos, mas lerdo e quase parando quando precisa investir em serviços essenciais à população como saúde, educação, segurança, mobilidade urbana, legislação rigorosa e justiça coativa.

sábado, 21 de dezembro de 2013

BOLHA IMOBILIÁRIA VAI ESTOURAR NO BRASIL


"Bolha imobiliária vai estourar no Brasil no primeiro semestre de 2014", diz Sr. DinheiroO economista Luis Carlos Ewald afirmou que quem comprou imóveis, não consegue vender. "A situação está desesperadora"

Por Arthur Ordones |9h24 | INFO MONEY 18-12-2013


SÃO PAULO – O economista Luis Carlos Ewald, conhecido como Sr. Dinheiro, afirmou em entrevista exclusiva ao InfoMoney que uma bolha imobiliária vai estourar no Brasil ainda no primeiro semestre de 2014. “Não se vende nada e tem muita oferta. Quem comprou, não consegue vender. Está desesperador”, afirmou.

De acordo com ele, ninguém tem o direito de se espantar quando isso acontecer no ano que vem, pois essa bolha já está prevista faz tempo. “Robert Shiller, (vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2013) já avisou. Quem não quer ouvir os mais experientes depois não vai poder reclamar”, disse. “Eu também já estou avisando faz tempo. Quando o mercado fica assim fantasioso, pode esperar uma crise, porque ela irá vir. Eu já vi isso acontecer três vezes no Brasil e todas as vezes foi a mesma coisa”, completou.


Luis Carlos Ewald é conhecido como o Sr. Dinheiro (Facebook/Sr. Dinheiro)


Professor Robert Shiller

Robert Shiller, um dos principais estudiosos do mundo sobre preços de ativos e bolhas, afirmou recentemente que suspeita que haja uma bolha imobiliária se formando no Brasil. Ele, que previu bolhas da Nasdaq e do subprime, disse que não vê nada que justifique a magnitude da recente alta dos preços dos imóveis no Brasil.

O professor da Yale University explicou que uma bolha é algo contagiante que nasce da percepção das pessoas de que é fácil ganhar dinheiro com algo. Esse entusiasmo, normalmente, é alimentado pela mídia, que ajuda a inflar essa bolha.

A partir disso, as pessoas começam a agir com emoções e não conseguem ficar de fora quando entendem que é fácil ganhar dinheiro de alguma forma. “Imagina se não houvesse psicologia nesse processo todo, se todo mundo tivesse expectativas racionais. O problema é que isso não existe, As pessoas acham que as coisas são estáveis e não vão se dar conta de que os preços podem cair... Até eles caírem”, afirmou o especialista para o InfoMoney em um evento da BM&FBovespa em Campos do Jordão.

Bolha será a alegria da bolsa em 2014

Ainda segundo o Sr. Dinheiro, quando o mercado imobiliário desaba, a bolsa de valores (e o mercado acionário como um todo) melhora muito. “Essa bolha que vai estourar no ano que vem vai criar uma ótima oportunidade para os investidores do mercado de renda variável, afinal, o desempenho de ambos são inversamente proporcionais”, finalizou.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

PIB PER CAPITA DO BRASIL


Três municípios do Rio aparecem entre os dez maiores PIB per capita do Brasil. Porto Real, Quissamã e São João da Barra têm os melhores resultados no Rio de Janeiro. Produtora de Petróleo, Presidente Kennedy (ES) tem o maior PIB per capita do país. Entre as capitais, Vitória apresenta maior PIB por pessoa, quatro vezes maior que o do Brasil

RICARDO FERREIRA
CLARICE SPITZ
O GLOBO
Atualizado:17/12/13 - 11h16




RIO – Três municípios do Rio de Janeiro estão entre as dez cidades com maior PIB per capita do Brasil, conforme divulgação do PIB dos Municípios pelo IBGE, nesta terça-feira. Porto Real, Quissamã e São João da Barra aparecem nos 6º, 7º e 8º lugares da lista, respectivamente.

O maior PIB per capita do país é da cidade de Presidente Kennedy, no Espírito Santo. Produtor de petróleo e com pouco mais de 10 mil habitantes, o município registra PIB per capita de R$ 387,1 mil.

Já entre as capitais, Vitória, no mesmo estado, apresenta o maior PIB per capitado país. O indicador, na capital do Espirito Santo, era cerca de quatro vezes maior que a do Brasil. Lá os moradores ganhavam R$ 85.794, enquanto que, no Brasil, o PIB per capita era de R$ 21.536, em 2011.

A técnica sheila Zani, do IBGE, explica que o valor maior tem relação com abaixa população da cidade: 331 mil habitantes. Brasília ocupa a segundaposição em PIB per capita: R$ 63.020. São Paulo vem em seguida, comPIB por pessoa de R$ 42.153. O Rio tem o quarto maior PIB per capitado país entre as capitais, com um ganho de R$ 32.940.

Com cerca de 17 mil habitantes, Porto Real abriga multinacionais como Peugeot-Citroën, Coca-Cola, Guardian e GalvaSud. A intensa atividade industrial combinada com baixa densidade demográfica resultaram no melhor PIB per capita do estado do Rio: R$ 217.465,66 por habitante.

Já a cidade de Quissamã deve os seus R$ 193.740,96 por habitante ao petróleo e gás na Bacia de Campos. O mesmo ocorre com São João da Barra, com R$ 179.908,25, onde o petróleo é responsável pela geração de riqueza. O município abriga ainda o Porto do Açu.

CAPITAIS TÊM A MENOR PARTICIPAÇÃO NA RIQUEZA DO PAÍS


Capitais têm a menor participação na riqueza do país desde 1999, diz IBGE. São Paulo, Rio, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus corresponderam a cerca de 25% de toda a renda gerada

CLARICE SPITZ 
o globo
Atualizado:17/12/13 - 11h15





RIO - O ano de 2011 mostrou um retrato pouco menos desigual na distribuição de riqueza entre os municípios brasileiros. Mesmo assim, a renda dos 10% mais ricos era 94,9 vezes superior ao dos 60% mais pobres, de acordo com a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2011, divulgada pelo IBGE. A pesquisa mostra que, em 2011, as capitais tiveram a menor participação na geração de riqueza do país desde 1999. Elas geravam em 1999, 39,67% da riqueza do país e esse percentual caiu para 33,69%.

Em 2010, a distância entre pobres e ricos era maior: de 96,7 vezes. Em 2007, chegava a 99,3 vezes. A renda gerada por apenas seis municípios (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Manaus) correspondeu a cerca de 25% de toda a riqueza no país. Esses municípios representavam 13,7% da população. Ao se agregar a renda de 55 municípios, chegava-se a cerca da metade do PIB nacional e a 30,9% da população.

Já na última faixa de participação, 1.323 municípios correspondiam a cerca de 1% do PIB e concentravam 3,3% da população. Nessa faixa, estavam 73,7% dos municípios do Piauí, 62,3% dos municípios da Paraíba, 54% dos municípios do Tocantins e 53,3% dos municípios do Rio Grande do Norte.

— Não há uma mudança consistente do ponto de vista da concentração de um ano para outro — diz Sheila Zani, técnica do IBGE.

Segundo Sheila Zani, técnica do IBGE, parte da explicação para a redução da participação das capitais está no fato de que as commodities agrícolas e minerais tiveram grande destaque na economia naquele ano, influenciando municípios fora dos grandes centros. Algumas capitais chegaram a registrar a menor participação da série em 2011: Belo Horizonte, Salvador, Belém, Porto Alegre, São Paulo. O Rio de Janeiro viu sua fatia encolher, sem chegar ao menor nível: passou de 6,8%, em 1999, para 5,1%, em 2011.

Já Porto Velho, São Luís, Fortaleza, Maceió e Campo Grande chegaram ao maior nível de suas participações.

Segundo o IBGE, outra parte da explicação do crescimento fora de capitais está no crescimento das cidades médias. Municípios de 100 mil a 500 mil, considerados médios, em 1999, geravam 25,5% do PIB. Em 2011, passaram a gerar 28,8% do PIB. Segundo a pesquisa, 11 municípios geram individualmente mais de 0,5% do PIB, agregando 8,7% da renda do país, segundo a pesquisa. Entre eles estão: Guarulhos (SP), Campinas (SP), Osasco (SP), Campos dos Goytacazes (RJ), São Bernardo do Campo (SP), Barueri (SP), Santos (SP), Betim (MG), Duque de Caxias (RJ), São José dos Campos (SP) e Jundiaí (SP). Desses, Campos, São José e Jundiaí estão fora de regiões metropolitanas.


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

ARRECADAÇÃO FEDERAL RECORDE


Arrecadação federal tem recorde para novembro e soma R$ 112,5 bi. Alta foi de 27% em relação a igual mês do ano passado; no ano, total já ultrapassa R$ 1 tri. Receita estima que arrecadação de dezembro deve superar o registrado no mesmo mês do ano passado


MARTHA BECK
O GLOBO
Atualizado:16/12/13 - 16h24



BRASÍLIA - A arrecadação de impostos e contribuições federais atingiu R$ 112,517 bilhões em novembro, informou nesta segunda-feira a Receita Federal. O montante é recorde para o mês e representa um crescimento real de 27,08% em relação a 2012. No ano, o total desembolsado em tributos pela sociedade brasileira bateu, pela primeira vez, a marca de R$ 1 trilhão. O total arrecadado entre janeiro e novembro foi de R$ 1,019 trilhão, uma alta de 3,63% sobre o ano passado.

O principal responsável pelo bom desempenho da arrecadação em novembro foi o pagamento de tributos atrasados por contribuintes que aderiram a programas de parcelamento de dívidas. Este ano, o governo fez dois novos parcelamentos, um voltado para multinacionais e outro para instituições financeiras, e ainda reabriu o prazo de adesão ao Refis da Crise. Graças a isso, as receitas receberam um reforço de R$ 20,356 bilhões somente em novembro.

A arrecadação também vem sendo reforçada pelo aumento da lucratividade das empresas, que se reflete no comportamento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL). O total recolhido com os dois tributos já soma R$ 173,9 bilhões no ano, o que representa um aumento de 3,82% sobre o ano passado.

O resultado da arrecadação no ano é recorde apesar das desonerações que foram concedidas pelo governo para estimular a economia. No acumulado do ano, a renúncia fiscal com esses incentivos já soma R$ 70,4 bilhões.

Parcelamentos e fim de desonerações devem aumentar resultado de dezembro

O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, afirmou nesta segunda-feira que o bom desempenho da arrecadação de novembro deve se manter em dezembro. Ele afirmou que o caixa do governo vai ser reforçado não apenas pelos novos programas de parcelamento - que já ajudaram a arrecadação do penúltimo mês do ano a bater um recorde e ficar em R$ 112,5 bilhões - mas também pelo fim de algumas desonerações e pelo aumento no ritmo da atividade econômica.

- Continuamos otimistas com os indicadores econômicos e também tem o fluxo (de pagamento de impostos) a partir do fato de as empresas terem aderido aos parcelamentos. Temos também o fim de algumas desonerações (como o Imposto sobre Produtos Industrializados da linha branca) - disse Barreto.

O secretário não deu números, mas adiantou que a arrecadação de dezembro deve superar o montante registrado no ano passado, de R$ 108,4 bilhões:

- A arrecadação de dezembro (de 2013) será maior do que a do ano passado.

Barreto, no entanto, manteve a previsão de crescimento para a arrecadação do ano em 2,5%. Essa estimativa foi calculada pelos técnicos do Fisco sem considerar os recursos decorrentes dos programas de parcelamento, que somaram R$ 20,3 bilhões somente em novembro.

O secretário apresentou dados que mostram que a arrecadação teria crescido 4,11% em novembro de 2013 se não tivesse recebido ajuda dos programas de parcelamento. Já com os recursos extraordinários, a taxa de crescimento ficou em 27%. Já no acumulado do ano, a arrecadação teria subido apenas 1,83% e não 3,63%, como foi registrado.


domingo, 15 de dezembro de 2013

SOBE O CUSTO PARA ESTACIONAR


Sobe custo para estacionar em São Paulo. Mensalidade dos estacionamentos cresceu 11,41% em um ano, para inflação de 6,27%; valor da primeira hora ficou ainda mais caro: 15,38%

15 de dezembro de 2013 | 2h 05

ANNA CAROLINA PAPP - O Estado de S.Paulo


A cada ano fica mais caro estacionar em São Paulo. Puxada pela alta em regiões como Vila Olímpia, Itaim e Brooklin, a mensalidade nos estacionamentos da cidade teve alta de 11,41% em relação ao ano passado, e a primeira hora, de 15,38%.


Sergio Castro/Estadão
Danilo Viel achou um estacionamento por R$ 33 mensais após 'saga'

Segundo levantamento da consultoria Colliers, em 2012, o preço médio da mensalidade em estacionamentos nos corredores centrais da cidade de São Paulo era de R$ 298. Este ano, passou para R$ 332. Já a primeira hora, cuja média antes era de R$ 13, passou para R$ 15. O valor da diária foi o que menos aumentou, avaliado em R$ 36,50 - 7,35% maior do que em 2012. No entanto, todas as categorias superam a inflação oficial, o IPCA, que no período (julho de 2012 a julho de 2013) foi de 6,27%.

Para Sandra Ralston, vice-presidente da Colliers, as altas consecutivas no preço se devem a um forte desequilíbrio entre oferta e demanda. "São duas questões básicas: o aumento da frota e a diminuição dos espaços destinados a estacionamentos, principalmente devido ao crescimento urbano, a áreas comerciais e residenciais", analisa. "Se você olhar bairros como Itaim, Vila Olímpia e Berrini, basicamente 80% dos espaços que antes eram terrenos destinados a estacionamentos hoje são incorporações imobiliárias."

Dados do Sindicato das Empresas de Garagens e Estacionamentos do Estado de São Paulo (Sindepark) atestam a diminuição do espaço destinado à atividade: a cidade tem hoje 6 mil estacionamentos, com média de 95,54 vagas cada, totalizando pouco mais de 573 mil vagas. Em 2009, havia cerca de 1 milhão de vagas na região metropolitana.

Preços. Os estacionamentos com preços mais elevados estão localizados na Zona Sul. Segundo o estudo, a região da Faria Lima, corredor de escritórios mais nobre da cidade, tem a mensalidade mais cara, com média de R$ 469,50 - maior do que em cidades como Atlanta (R$ 220,80) e Columbia (R$ 149,50), nos Estados Unidos, e Berlim (R$ 195,50), na Alemanha. Já o preço para deixar o carro por uma hora nos arredores da avenida fica em torno de R$ 16 - quase 60% do valor médio de uma refeição fora de casa, segundo a pesquisa Refeição Assert Preço Médio 2013.

A região que teve maior aumento na mensalidade neste ano foi a Vila Olímpia, com 29,77%, seguida pelo Itaim, com 24,83% - que, no entanto, lidera o ranking do valor da diária, com aumento de 37,80%, o que equivale a mais de seis vezes a inflação oficial do período.

Segundo levantamento do Sindepark, o Itaim Bibi é a região com maior concentração de estacionamentos. Mesmo assim, os 531 terrenos parecem não dar conta da demanda, provocando até listas de espera (leia abaixo).

Já a região da Paulista apresentou aumento menos representativo nos valores da mensalidade e da primeira hora, bem como redução de 1,54% no valor da diária, em média R$ 32. "A Paulista tem maior infraestrutura de metrô, além de ser uma região mais consolidada", diz Sandra. "O maior aumento pode ser visto no centro, onde foram retiradas vagas, e em lugares como Itaim e Faria Lima, que tiveram um desenvolvimento urbano e imobiliário muito grande nos últimos anos", diz.

Para ela, além da expansão avassaladora dos empreendimentos imobiliários, a supervalorização dos preços também é reflexo do déficit do transporte público. "O problema maior hoje é que São Paulo vive um caos em relação ao transporte público. A tendência é só piorar, porque você continua tendo um aumento da frota, carece de infraestrutura de transporte público e tem diminuição de vagas. Logo, o aumento de preço para os próximos anos tende a ser sempre superior à inflação."

Rio. No Rio de Janeiro, a alta foi ainda mais significativa. O preço médio da mensalidade dos estacionamentos cresceu 18,1% em um ano - quase três vezes a inflação oficial do período. As "vagas de ouro" continuam na região central, onde a média do valor mensal que o carioca paga para estacionar é de R$ 618 - R$ 145 a mais do que a média na cidade.

O aumento no valor da diária também foi superior ao de São Paulo, chegando a 11%. Os valores mais salgados podem ser encontrados em Copacabana, Ipanema e Leblon, onde uma diária sai por volta de R$ 70. Já o valor médio da primeira hora fica inferior ao da capital paulista: em média R$ 13,50. A região do Flamengo, no entanto, se destaca por ter dobrado o preço de 2012 para 2013, alcançando R$ 14.

DIFERENÇAS DE MERCADO

Temusados
16 jul 2013

Renault Clio Europa vs Renault Clio Brasil. As diferenças dos modelos europeus e suas tecnologias estão evidentes na “capa” dos carros.




Renault Clio 2013 europeu

Que o Brasil é um país que vem crescendo muito e se destacando no mundo nós já sabemos, a questão é quando o mercado brasileiro vai ser realmente reconhecido pelos países desenvolvidos e pelas montadoras internacionais. Um fator intrigante que nos levou a criar este artigo foi a absurda diferença de um modelo europeu comparado ao nacional, escolhido de forma aleatória conforme os recém lançamentos.

O modelo em questão é o Renault Clio, que para o mercado europeu, mais especificamente italiano ele será comercializado a partir de 13.700 euros – aproximadamente R$ 34.200,00. O modelo oferece na maioria das suas versões, tela de 7 polegadas colorida e sensível ao toque, além de rodas de liga leve, acesso ao veículo sem uso da chave, sensor de estacionamento, câmera de ré e outros itens presentes somente em carros de luxo aqui no Brasil.


Novo Renault Clio 2013 – Brasil

Além dos opcionais oferecidos a mais na versão europeia, o Renault Clio é um modelo totalmente moderno no design e no acabamento, diferente da versão brasileira, que já está com o visual cansado, pois não sofre uma alteração mais pesada desde o ano 2000, quando o Clio Sedã chegou ao país e o modelo recebeu linhas mais curvas e harmônicas. Em 2005 o Clio III chegou a Europa como um modelo totalmente novo. Aqui no Brasil no mesmo ano o nosso já cansado Clio recebeu uma pequena reestilização.

E assim está até hoje, quando o Clio 2013 foi apresentado para o mercado europeu, nós brasileiros recebemos mais uma atualização no visual do compacto, deixando de lado todo o design moderno e sofisticação do acabamento, para estabelecer um preço que pelo menos é mais baixo que a concorrência, mais mesmo assim acima de qualquer outro mercado mundial.


FONTE: http://temusados.com.br/noticias/renault-clio-europa-vs-renault-clio-brasil-diferencas-de-mercado#ixzz2nNP8PxBy

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

COMPLACÊNCIA COM A INFLAÇÃO


O ESTADO DE S.PAULO, 09 de dezembro de 2013 | 2h 06


OPINIÃO


Embora sob alguns aspectos os dados da inflação de novembro indiquem alguma melhora em relação a meses anteriores, não há nenhum motivo para imaginar que a alta generalizada dos preços está deixando de ser um problema grave da economia brasileira, ao lado de outros que igualmente continuam sem solução à vista, como o baixíssimo ritmo de crescimento da produção e a política fiscal crescentemente leniente do governo, e que gera cada vez mais desconfianças.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação brasileira calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,54% em novembro. É uma variação menor do que a de outubro, que foi de 0,57%. Com isso, a alta do IPCA de janeiro a novembro alcançou 4,95% e o resultado acumulado de 12 meses ficou em 5,77%. É a menor variação acumulada em 12 meses desde novembro de 2012, quando o resultado foi de 5,53%.

Também o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) calculado pela Fundação Getúlio Vargas registrou, em novembro, variação menor do que a do mês anterior (0,28%, contra 0,63%). A alta do IGP-DI nos 12 meses encerrados em novembro foi de 5,49%.

No entanto, só com exagerado otimismo, como o que costumam demonstrar funcionários do governo, se poderá comemorar esses números. Há anos, a inflação brasileira permanece em níveis muito altos, situação tolerada pelas autoridades, que vêm aprovando seguidamente metas muito frouxas - e, mesmo assim, as vêm descumprindo de maneira sistemática, mesmo quando, como ocorreu no mês passado, há uma variação menor do IPCA.

A meta para a inflação brasileira, de 4,5% ao ano, vem sendo mantida sem alterações desde 2005 e valerá pelo menos até 2015. Serão, assim, 11 anos com uma meta muito alta para os padrões mundiais de inflação e também para a inflação observada em outros países latino-americanos. Mas, além de tolerar uma inflação alta demais, a política de metas inflacionárias seguida pelo Banco Central tornou-se excessivamente complacente, por ter uma margem de tolerância ampla demais.

Observe-se que, mesmo sendo alta, a meta de 4,5% não foi alcançada em cinco dos oito anos em que ela vigorou até agora. E não será atingida em 2013. O governo chegou a anunciar que, neste ano, a inflação será menor do que a de 2012, quando ficou em 5,84%. É possível que seja. Com a captação dos efeitos da alta da gasolina, a variação do IPCA em dezembro deverá ser maior do que a de novembro. Mesmo assim, o acumulado do ano poderá ficar em 5,75%, bem acima da meta - mas, como se defenderá o governo, dentro da margem de tolerância de 2 pontos porcentuais.

Não há, porém, indicações de que a tendência é de queda. O congelamento por muito tempo dos preços da gasolina, a contenção do reajuste das tarifas de transportes urbanos e até uma inédita redução da tarifa de energia elétrica ajudaram a manter a inflação deste ano em níveis menores do que os de 2012. Mas o que se conteve em 2013 deverá ser compensado em 2014. A conta de luz deve subir, como devem subir as tarifas de ônibus, para evitar o colapso do setor, e, provavelmente, a gasolina.

Quando se conhecer o resultado de dezembro, o governo deverá repetir o que vem dizendo há anos, que, tendo a inflação ficado dentro da margem de tolerância, a meta foi cumprida. Haverá quem acredite nisso, como há os que entendem ser correta a política fiscal do governo do PT, que, com gastos crescentes, tenta alimentar a demanda. O resultado mais óbvio tem sido não o crescimento da economia, mas a pressão sobre os preços, que o Banco Central tenta reduzir por meio de uma política monetária mais dura, com os resultados práticos conhecidos - e lamentados pelos que querem ver o País crescer com estabilidade.

Sem indicações de que os maus resultados do Produto Interno Bruto em 2013 poderão ser revertidos no curto prazo, em 2014 a economia deverá ter o quarto ano consecutivo de inflação alta e baixo crescimento - serão justamente os quatro anos do governo Dilma.

sábado, 7 de dezembro de 2013

GASOLINA ABASTECE INFLAÇÃO

ZERO HORA 07 de dezembro de 2013 | N° 17637

ALTA ANTECIPADA

Reajuste da Petrobras ainda não aparece no IPCA, mas alguns postos já haviam elevado o combustível



Antes mesmo do reajuste da gasolina nas refinarias da Petrobras, o preço do combustível nas bombas dos postos já subiu 0,63% em novembro, depois de ter ficado praticamente estável em outubro. Mesmo assim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, interrompeu uma sequência de aceleração e avançou 0,54% no mês passado, abaixo do percentual de 0,57% de outubro, favorecido pela freada dos alimentos.

Para a coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, alguns revendedores se anteciparam diante da expectativa de aumento e da indefinição quanto à data da confirmação.

A expectativa de especialistas é de maior pressão dos combustíveis sobre o IPCA neste mês. A alta de 4% da gasolina e de 8% do diesel vendidos pelas refinarias da Petrobras desde o sábado passado deve ter impacto de 0,1 ponto percentual no índice de inflação de dezembro, cujas projeções indicam para taxa entre 0,6% e 0,7%.

O resultado de novembro após três meses de taxas em elevação em relação ao período anterior foi possível graças a alta mais branda dos preços dos alimentos – 0,56% ante 1,03% em outubro, de acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE. Também tiveram variação menor os itens de artigos para residência (0,38%) e vestuário (0,85%). Grupos de maior peso ao lado dos alimentos, transportes (0,36%) e habitação (0,69%) aceleraram.

Os aumentos de alimentos estão ligados à alta do preço do trigo no mercado e ao câmbio, que ampliou os custo de importação do cereal. Nessa lista, além do macarrão, estão as altas do pão francês (1,05%), farinha de trigo (1,67%) e café da manhã fora de casa (1,24%).

Consultoria vai rever projeções para baixo

Com o resultado do mês passado, a inflação acumulada em 12 meses também perdeu força e ficou em 5,77% – em outubro estava em 5,84%. É a menor taxa neste ano, ainda acima do centro da meta do governo (4,5%), mas abaixo do teto de 6,5%. O IPCA caminha para fechar 2013 em patamar semelhante ao de 2012, quando o índice foi de 5,84%.

Para Alessandra Ribeiro, a economista da consultoria Tendências, a queda no preço dos alimentos em novembro foi uma surpresa e deve impactar nas estimativas para dezembro e para o ano.

– Ainda estamos com a projeção de 0,76% para dezembro e de 5,8% para o acumulado deste ano, mas devemos dar uma lapidada para baixo nas projeções – afirma Alessandra.

ANP VAI NOTIFICAR QUEM ULTRAPASSOU 3,5


ZERO HORA 07 de dezembro de 2013 | N° 17637


LIMITE DE 3,5%. ANP vai notificar postos


A partir de segunda-feira, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai notificar 73 postos de combustíveis que aumentaram o preço da gasolina acima de 3,5%.

Levantamento da ANP em 90 revendedores de Porto Alegre apontou reajuste médio de 4,8%. O preço médio passou de R$ 2,777, na semana passada, para R$ 2,91. Em apenas 17 postos o aumento foi menor que 3,5%.

– Vamos começar a notificar os postos que reajustaram acima do que se entende razoável (3,5%), e então investigar em qual etapa da cadeia houve esse aumento. Se for confirmado abuso, encaminharemos o caso ao Ministério Público ou ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) – explica Edson Silva, coordenador do escritório da Região Sul da ANP.

Na terça-feira, o Procon-RS divulga o resultado da fiscalização na Capital. O diretor do órgão, Cristiano Aquino, adiantou ontem que foram detectados casos de reajustes superiores a 10%.



ZERO HORA 06 de dezembro de 2013 | N° 17636


UMA SEMANA DEPOIS. 
Alta da gasolina ainda é abusiva

Postos da Capital que cobravam mais de R$ 3 pelo combustível baixaram preços, mas reajuste médio se mantém em 5,9%

CADU CALDAS


Apesar da redução pontual de preços em alguns postos de combustíveis de Porto Alegre, o litro da gasolina nas bombas segue, em média, 5,9% mais caro desde o reajuste feito pela Petrobras nas refinarias na sexta-feira passada, ainda acima do percentual esperado, de até 3%. No entanto, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) continua com o mesmo discurso de domingo passado: é preciso esperar a acomodação dos preços para tomar alguma medida.

Até o preço do diesel, que havia sido elevado dentro do esperado nos primeiros dias após o aumento, subiu mais. O valor médio nos postos pesquisados em Porto Alegre já está quase dois pontos percentuais acima do repasse de 6% inicialmente projetado.

Levantamento realizado por Zero Hora ontem em 30 postos de combustíveis da Capital constatou que o preço médio do litro da gasolina segue praticamente inalterado: R$ 2,950 ante R$ 2,958 observado no domingo passado. Os dois postos que cobravam quase R$ 3,10 reduziram o valor e passaram a vender por R$ 2,999.

A média, no entanto, se manteve inalterada porque as revendas que ainda não haviam reajustado os valores atualizaram o preço do combustível ao longo da semana.

O diesel teve aumento médio de 7,8%, também acima da alta projetada por especialistas do setor, de 6%. Até domingo o reajuste nas bombas era de 5,6%.

Na sexta-feira passada, o conselho de administração da Petrobras autorizou aumento de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel nas refinarias. No entanto, o percentual para os consumidores deveria ser menor porque, nas bases de distribuição, os combustíveis recebem aditivos que não sofreram aumento e por isso a alta de preço esperado nas bombas é menor: 3% para gasolina e 6% para o diesel.

Diante dos resultados, Edson Silva, coordenador do escritório da Região Sul da ANP, repetiu ontem o discurso de domingo passado. Considera o aumento observado um teste que os comerciantes fazem para ver até quanto o consumidor está disposto a pagar, mas que o reajuste deve se acomodar nas próximas semanas.

– Não recebemos reclamação formal. Vamos concluir o levantamento da própria ANP para tomar alguma medida. Reajuste acima de 4% merece investigação. Se identificarmos aumento abusivo encaminharemos denúncia ao Ministério Público – disse.

O Procon-RS também está realizando desde o início da semana levantamento próprio em cem postos da Capital para verificar eventuais aumentos abusivos. Seis fiscais estão visitando revendas para analisar o valor dos reajustes. Multas de até R$ 30 mil podem ser aplicadas a postos que tiveram alta acima de 4%.